segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Evento sobre Darwin!!!





Enfim ocorreu o evento sobre os 200 anos de Charles Darwin na UFV!!! O simpósio aconteceu no auditório e no hall da Biblioteca Central da UFV, nos dias 24 e 25 de Novembro.

Público assistindo a evento



No primeiro dia houve uma mesa redonda sobre evolução, com a presença dos professores: Renato Feio, Clóvis Neves, Karla Yotoko, Carlos Sperber e Lúcio Campos. Primeiro, cada um deles fez uma pequena apresentação individual sobre o que seria discutido. O professor Paulo Toma também participou desse primeiro momento. Depois foi aberto um espaço para perguntas e começou a mesa redonda.

Mesa redonda




Já no segundo dia, houve diversas palestras:

A primeira palestra, proferida pelo professor Anderson Fernandes, tratou sobrbe a descoberta e estudo de um fóssil hominídeo, o Ardipithecus ramidus. O professor falou sobre estudos sobrbe os dentes do fóssil, e suas comparações em relação ao Australopithecus, e sua relação com a evolução do homem.

A segunda palestra, com o professor Paulo Toma, tratou sobre a evolução do pensamento humano. Foram discutidos conceitos como o mecanicismo, iluminismo, a força da Igreja sobre a construção da sociedade. Ao falar sobre darwinismo, o professor comentou como ele foi capaz de rompercom a visão mecanicista do mundo.


Professor Paulo Toma




A terceira palestra foi dada pelo professor Clóvis Neves. Ele debateu sobre evolução e desenvolvimento, mostrando como avanços no estudo da embriologia puderam ajudar na nova visão da ciência a respeito da evolução.


Professor Clóvis Neves




A última palestra foi proferida pelo professor Jorge Dergam, que falou sobre a relação de Darwin com Deus. Ele fez um breve relato sobrera biografia dee Darwin e de como certos acontecimentos em sua vida o fizeram se tornar um agnóstico. Após a palestra houve discussões sobre a evolução e a religião.


Professor Jorge Dergam



Durante todo o evento, ocorreu em paralelo uma exposição no hall da biblioteca, com vídeos, fotos, jogos, revistas, fósseis, banners e animações em computador. Tudo isso pôde ser conferido de perto pelo público!

Computadores com animações e jogos sobre evolução na exposição




Banners da exposição






Fósseis de cefalópodes em exposição



Jogos educativos sobre evolução na exposição do evento




Evolução da fala

No mês passado foi publicado um artigo sobre uma possível descoberta de um gene relacionado à fala humana. Leia um trecho da notícia sobre o artigo:


"Chimpanzé, nosso mais próximo parente na cadeia animal, não fala. Nós falamos. Agora cientistas localizaram uma mutação em um gene que pode ajudar a explicar essa diferença. Essa mutação parece ter sido determinante para o desenvolvimento da fala. Provavelmente não é o único gene responsável por esse processo, mas pesquisadores acharam um gene que tem aspecto e atividade diferentes em chimpanzés e humanos, segundo o artigo publicado nesta quarta-feira pelo jornal Nature.

Testes de laboratório demonstraram que a versão humana tem relação com outros cem genes, diferente da versão do chimpanzé. Este gene - chamado FOXP2 - sofreu mutação durante o desenvolvimento humano, promovendo a habilidade da fala. (...) "


As tecnologias da biologia molecular vêm avançando extraordinariamente nas últimas duas décadas. Desde então os evolucionistas estão utilizando ferramentas para analizar possíveis relações entre sequências gênicas de diferentes espécies para verificar como foi o processo evolutivo que levou à diferenciação de genes. Essa descoberta de um possível "gene da fala" é mais um exemplo de uma tentativa de elucidar as diferenças evolutivas entre grupos irmãos (neste caso, gêneros Homo e Pan).
A evolução estudada através da filogenia molecular está mudando o modo de ver como os grupos de seres vivos se relacionam na história evolutiva. - Ighor Antunes Zappes

Para ler a notícia completa, clique aqui.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

A Darwin o que é de Darwin...

Olhem algumas partes de um especial que saiu na revista Veja deste ano:

"Para investigar a razão pela qual as ideias de Darwin ainda são vistas como perigosas, é preciso recuar no passado. Quando o naturalista inglês pela primeira vez propôs suas teses sobre a evolução pela seleção natural, a maioria dos cientistas acreditava que a Terra não tivesse mais de 6.000 anos de existência, que as maravilhas da natureza fossem uma manifestação da sabedoria divina.(...)Os biólogos se viram desmentidos em sua certeza de que as espécies são imutáveis. A Igreja ficou perplexa por alguém desafiar o dogma segundo o qual Deus criou o homem à sua semelhança e os animais da forma como os conhecemos. A sociedade se chocou com a tese de que o homem não é um ser especial na natureza e, ainda por cima, tem parentesco com os macacos. Havia, naquele momento, compreensível contestação científica às novas ideias. Darwin havia reunido uma quantidade impressionante de provas empíricas – mas ainda restavam muitas questões sem resposta."

"Outros pilares da ciência moderna, como a teoria da relatividade, de Albert Einstein, não suscitam tanta desconfiança e hostilidade. Raros são aqueles que se sentem incomodados diante da impossibilidade de viajar mais rápido que a luz ou saem à rua em protesto contra a afirmação de que a gravidade deforma o espaço-tempo.(...)A descoberta dos mecanismos da evolução enfraqueceu o único bom argumento disponível para a existência de Deus. Se Ele não é responsável por todas essas maravilhas da natureza, sua presença só poderia ser realmente sentida na fé de cada indivíduo."

"O biólogo americano Stephen Jay Gould, um dos grandes teóricos do evolucionismo no século XX, morto em 2002, dizia que as teorias de Dar-win são tão mal compreendidas não porque sejam complexas, mas porque muita gente evita compreendê-las. Concordar com Darwin significa aceitar que a existência de todos os seres vivos é regida pelo acaso e que não há nenhum propósito elevado no caminho do homem na Terra."

Para ver a notícia completa, clique aqui.

A notícia é bem interessante, pois mostra porque a teoria de seleção natural de Darwin demorou e demora para ser aceita por muitos devido as questões principalmente religiosas de cada população, já que a teoria "tira" o poder divino de Deus de criação para uma abordagem totalmente nova, ou seja, que a evolução funciona através do acaso, fazendo com que mutações nos indivíduos sejam ou não selecionadas pelo ambiente. Por isso existe essa resistência atual de pessoas religiosas bem como o baque que essa descoperta fascinante causou na população naquela época. O interessante é que a notícia conta a diferença na aceitação de teorias (como a da gravidade por exemplo) não relacionadas com a religião, dizendo que estas foram mais facilmente aceitas. - Pedro Henrique F. Rabelo

Os sisos de Lamarck

Um ortodontista escreveu no seu site um artigo respondendo a dúvidas sobre os dentes sisos. Leiam as pedradas a seguir:

"POR QUE O DENTE SISO FOI PERDENDO ESPAÇO AO LONGO DA EVOLUÇÃO?

Os homens das cavernas faziam muita força para morder e isso ajudava a desenvolver tanto a musculatura facial quanto a arcada dentária. Hoje, todo mundo come alimentos relativamente macios e, daí, não existe mais a necessidade de tantos dentes. No caso do homem moderno, há um agravante mais recente em sua história - o uso da mamadeira no primeiro ano de vida ela pode impedir que a criança faça a sucção necessária para fortalecer e desenvolver as arcadas adequadamente, o que gera, entre outros problemas ortodônticos, o mal posicionamento dos dentes, inclusive os sisos.

TODAS AS PESSOAS TÊM DENTE DO SISO?

Não. Algumas já não possuem esses dentes ou têm apenas alguns deles. Com o passar do tempo, a tendência é que os sisos deixem de existir, uma vez que perderam sua função para a espécie. Mas isso ainda vai levar muito tempo. Séculos, talvez."

Se quiserem ler todo o artigo, clique aqui.

Lamarck dizia que caracteres adquiridos por um indivíduo durante sua vida poderiam ser transmitidos a seus descendentes. O caso clássico é o do pescoço da girafa, que teria crescido por "esforço" para alcançar as folhas no topo das árvores, por isso seus filhotes nasceriam com o pescoço também comprido. Hoje já se esclareceu que na verdade o que ocorre é que em períodos de seca, indivíduos com pescoço mais mais comprido conseguiam sobreviver por alcançarem as folhas mais altas, e essa pressão selecionou-os e isso sim, foi passado adiante.

O dentista segue a linha lamarckista de raciocínio, dizendo por exemplo, que o fato de se usar mamadeiras faz com que os sisos de uma criança não se desenvolvam e isso passará a seus futuros filhos, bem como o hábito de comer alimentos mais macios comparados aos dos homens pré-históricos.

Fernanda Silva

A Evolução da mulher

Saiu há algum tempo uma notícia sobre a evolução da mulher, prevendo como ela será num futuro próximo. Leia a notícia abaixo:

"Os seres humanos ainda estão evoluindo. No futuro, as mulheres serão ligeiramente mais baixas, gordas, com mais janelas reprodutivas (já que na menopausa será adiada em quase um ano) e com corações mais saudáveis. A afirmação vem do estudo publicado na revista científica New Scientist.

Stephen Stearns, biólogo da Universidade de Yale e seus colegas do Framingham Heart Study, acompanharam o histórico médico de mais de 14 mil moradores da cidade de Framingham, Massachusetts, desde 1948 – o que engloba três gerações em algumas famílias.

A equipe estudou 2.238 mulheres após a menopausa (concluída a vida reprodutiva). O grupo testou se a altura,, peso, pressão arterial, colesterol ou outras características tinham relação com o número de crianças que elas geraram.

Mulheres baixas e com peso mais elevado tendiam a ter mais filhos, geralmente mais altos e magros. Aquelas com pressão arterial e níveis de colesterol baixos tiveram mais filhos e entraram na menopausa mais tarde. As mesmas características ainda foram passadas para suas filhas e assim por diante.

Se a tendência continuar por mais 10 gerações, Stearns calcula que, em 2409, a mulher será de 2 centímetros mais baixa e terá 1 kg a mais do que hoje. O primeiro filho nascerá cinco meses mais cedo e a menopausa será adiada em 10 meses.

De acordo com a revista, talvez o estudo de Stearns seja o mais detalhado de medição da evolução nos seres humanos de hoje."


balanca



A notícia trata de mudanças no corpo da mulher como se elas fossem estritamente de origem hereditária. Fatores ambientais, como hábitos alimentares, cultura e sedentarismo são determinantes para influenciar no peso de uma pessoa. O cientista em questão ainda prevê, em pouquíssimo tempo (400 anos) uma alteração pequena no peso das mulheres (1 Kg).

Outro fator tratado pelo cientista é que como mulheres mais baixas em sua amostra tiveram mais filhos, a tendência é de que a seleção natural irá favorecer a mais baixas por serem possivelmente mais férteis. Essa conclusão é totalmente especulativa, visto que a observação de uma amostra pequena não é suficiente para estabelecer padrões sobre a relação entre altura e fertilidade de uma população.

A pesquisa então não tem validade evolutiva, e quaisquer fatores ambientais podem afetar o tamanho e o peso das mulheres no futuro. - Amanda Meira

O elo perdido???


Há alguns meses, a seguinte notícia foi publicada na revista New Scientist:

Descoberto elo perdido entre Homens e primatas

2009-05-20

Cientistas acreditam ter descoberto o “missing link”, o elo perdido que explica a transição entre primatas e a primeira linhagem do Homem.

O fóssil de 47 mil anos, baptizado com o nome Ida, foi apresentado esta terça-feira, no Museu de História Natural de Iorque.

Os cientistas acreditam que Ida é a forma ancestral que está na transição entre os primatas superiores, onde se incluiu a espécie humana, e primatas inferiores, como são os lémures. A dúvida sobre quando e como surgiu o Homem pode ter encontrado a resposta em Ida.

Trata-se de um exemplar de cerca de um metro, do sexo feminino e, segundo o pesquisador Jenz Franzen, com características que o aproximam dos primeiros hominídeos. Ao contrário dos lémures, Ida tem unhas em vez de garras, o polegar opositor, o segundo dedo do pé não está em forma de garra e não tem dentes fundidos. Os olhos estão no mesmo plano, o que se traduz numa visão tridimensional, semelhante à nossa e mais afastada da visão dos lémures.

No fóssil, encontrado em excelente estado de conservação, é ainda possível distinguir contornos de pêlos e os restos da última refeição.

A descoberta de Ida remonta a 1983, quando um “caçador” de fósseis amador encontrou o fóssil em Messel Pit, na Alemanha. Depois de o guardar durante vários anos, decidiu vendê-lo. Nessa altura o esqueleto do fóssil foi separado em duas partes por coleccionadores, motivo suficiente para que a importância da descoberta não fosse imediatamente reconhecida.

Quando se apercebeu que estava perante um fóssil que poderia resolver uma das maiores incógnitas da humanidade, o paleontólogo Jorn Hurum, reuniu uma equipa de investigadores e, durante os últimos dois anos, realizou uma minuciosa e secreta análise forense ao fóssil.

O nome científico atribuído a Ida é Darwinius masillae, em honra ao 200º aniversário de Charles Darwin, que se comemorou a 12 de Fevereiro de 2009.


Após muito estardalhaço pela mídia, alguns meses depois descobriu-se que possivelmente o "elo perdido" em questão seja apenas um parente dos lêmures. Leia aqui.


Ao invés de um "elo", poderia haver vários elos entre as espécies que já conhecemos, ou ainda não haver nenhum. Afinal, é perfeitamente possível que tenha havido um salto evolutivo mais drástico do que esperamos. Por exemplo, pode haver o nascimento de um mutante que não chegou a se tornar uma espécie, fazendo uma transição muito mais rápida.

Portanto, não há um "elo perdido" entre humanos e macacos, porque os humanos não vieram dos macacos, mas de hominídeos. Também não existe um "elo perdido" entre os humanos e esses hominídeos, porque o conceito de elo perdido é errado e não darwiniano. Pode haver sim, muitos estágios, que provavelmente nunca serão desvendados. - Ighor Antunes Zappes

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

FALTA 1 DIA!!!

Pessoal,


Amanhã começa o evento de Darwin na UFV!

Participem!!!

A Entrada é franca!